domingo, 15 de dezembro de 2024

RETIRO COM OS AGENTES DO BIO SAÚDE

A graça de nosso Senhor Jesus Cristo que vem a nós, o amor do Pai que o envia, a comunhão, a luz e a força  de Espírito Santo estejam sempre conosco: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

 https://www.youtube.com/watch?v=NB38Wxph3gw   Luz que ilumina os caminhos do amor...

 RETIRO ESPIRITUAL: encontro consigo mesma; busca da nossa essência;  busca da razão de nossa existência; fortalecimento espiritual; retomar a opção fundamental da nossa vida: como eu vivo a minha aliança de amor com Deus.

Encontro amoroso com Deus mediado pela pessoa de Jesus; volta ao primeiro amor, terno, filial para com Deus; encontro que revigora nossa vida, nossas energias, nossa juventude como a da águia; deixar se pacificar em Jesus; renovar nosso compromisso de aliança com Deus, de ternura, de amor; Reacender o meu amor por Jesus; renovar a minha vocação à santidade; dar minha plena adesão à Jesus e ao plano salvífico do Pai.

A opção da nossa vida é fazer a experiência amorosa de Deus e deixar se conduzir por ele, para a plenitude da vida.

Deus quer ser procurado e dá sinais para ser achado por nós. Ele se revela escondendo e escondendo se revela. 

A oração é uma experiência de intimidade. Intimidade que nos aproxima de Jesus. Intimidade que é deixarmo-nos amar por Deus.

A oração não nos fecha em nós mesmos. A oração aproxima-nos dos outros e das suas necessidades. A oração ajuda-nos a perceber qual é o nosso lugar na transformação deste mundo e no serviço aos outros.

 Nossa vida espiritual (nosso espírito) precisa de:

1.       Alimento; iluminação; organização; motivação – razão – paixão para caminhar;

2.       Projeto de vida; metas de vida que dão energia e rumo para caminhar, balizas para a nossa vida; que darão resultados, satisfação, crescimento interior, energia, paz.

 SL 63: A minha alma tem sede de Deus. Pelo Deus vivo anseia com ardor. Óh Deus, vós sois meu Deus. Com ardor vos procuro.  https://www.youtube.com/watch?v=IPlTuS9FXlQ

Deus, em Jesus, nos chama à intimidade, à comunhão, numa relação pessoal, particular, profunda de amor.

Estar com o pobre não nos faz íntimo de Deus.  Muita gente já se dá por satisfeita quando se põe do lado dos pobres. Mas não faz a experiência da intimidade amorosa de Deus. Deus é amor. Só conhece a Deus quem faz a experiência do seu amor.  Deus se revela na intimidade, na escuta, na relação amorosa.

A oração é busca, companhia, presença, intimidade. Deus plasma em mim o seu espírito: a sua ternura, a sua força, a sua luz, a sua paixão pelos que sofrem. Deus plasma o seu Espírito e o seu Projeto em mim, em nós. Em Deus tocamos o mistério da vida; vislumbramos a plenitude da vida, no amor.

A relação com Deus é de aliança, intimidade, alteridade (Deus, mediado pela pessoa de Jesus, é o outro que me confronta, me consola, me orienta). Deus se revela na alteridade. Me chama à uma relação como o outro. Deus se revela como amante, para ser amado/a. E, para ser amado, ele precisa do outro, precisa de mim. Deus, como amante, precisa da pessoa amada.

Somos amados e comungados por Jesus como um pedaço de pão e um pouco de vinho. Banquete de amor. Para comungar o irmãos preciso ser comungada por Jesus. Jesus nos abraça, nos acolhe bem no fundo do seu coração. Viver eucaristicamente e fazer do coração uma pequena comunidade onde todos são acolhidos, amados e promovidos à vida. Em Cristo eu sou corpo e sangue para que outros tenham vida.

Por meio da comunhão com Jesus, nós entramos em comunhão com a Trindade. Somos amados e comungados pelo Pai. Somos convidados a oferecer nossas vidas como pão consagrado que alimenta a comunidade e como cálice da aliança de amor para espalhar fraternura em todos os cantos do mundo.
Eucaristia é um chamado ao amor, ao serviço, à comunhão. A eucaristia nos une a Jesus e aos irmãos.

Oração
Senhor, ajuda me a fazer silêncio! Quero escutar a Tua voz.
Pega na minha mão. Quero me encontrar a sós contigo, só Tu e eu.
Faz-me falta caminharmos juntos, calar-me para que Tu fales.
Ponho-me nas Tuas mãos. Quero surpreender-me com o novo que me pedes.
Senhor, ensina me a rezar, a esperar com paciência, em silêncio, a Tua palavra, a Tua presença.

SL 34: Procurem o senhor. Ele se deixa encontrar.    https://www.youtube.com/watch?v=_3ngG0dXMGo  

Em Cristo nos tornamos pão fraterno de mais vida para os outros. Jesus nos chama a uma radicalidade de vida e missão.
Ao tocar doentes, famintos, não amados, indefesos, desesperados, tocamos a carne de cristo encarnado. Vamos entrelaçar as nossas vidas com laços de divino amor.
O que nos torna discípulos (as) de Jesus é o Espírito Santo em nós. É filho(a) quem se deixa conduzir pelo espírito de Deus.
É o Espírito quem realiza do Projeto de Deus em nós. Quando eu me distancio da comunhão, da intimidade, da aliança de vida com Jesus, esqueço a minha promessa com Deus. Perde-se o sentido do contrato, acaba a promessa, quebra a aliança.
É preciso renovar o nosso discipulado missionário na comunhão com Deus e na disponibilidade para colaborar com o seu plano de salvação.

https://www.youtube.com/watch?v=EIPuQfiOZeE (Imaculada Maria de Deus)  Eis me aqui Senhor, eis me aqui Senhor, a tua Serva.  Faça se em mim, faça se em mim, tua Palavra.

O nosso sim consagratório sintonizado com o sim de Maria: LUCAS 1, 26-38

Deus interviu na história da humanidade através da mediação amorosa de Maria que deu a Deus o seu SIM, de maneira livre, definitivo e forte.
A Comunhão amorosa com Deus gera vida nova. Abre novos horizontes.
A encarnação de Jesus continua na história, em cada uma de nós, a medida que damos o nosso SIM ao Projeto da Deus, fundamentado na vida e na prática de Jesus.
Deus realiza maravilha em cada pessoa que dá o seu sim generoso ao seu Plano de amor.
Como Maria, somos chamadas a sermos instrumentos de luz e vida, acolhendo a ação transformadora do Espírito em nós.

Lucas, 1,39-45

Maria assume a missão do próprio Deus: plenificar o povo com vida abundante. O projeto de Deus se torna projeto de Maria. A Palavra se torna carne em Maria e, através dela, se torna presente no meio dos pobres.
Maria irradia a Boa Nova de Jesus que ela traz consigo. Inicia a nova missão. Ir para as ruas, os povoados, as aldeias para anunciar Jesus e semear o reino de amor, paz e justiça.
Maria é líder nas primeiras comunidades cristãs – dos pobres, oprimidos, aflitos, viúvas e órfãos que buscam mais vida. No canto de Maria (Lucas 1,46-56) está toda humanidade sofrida que implora a Deus por libertação.
Maria é mulher orante e trabalhadora. É mulher da prontidão que sai às pressas do seu povoado para ajudar os outros. Esta dinâmica de justiça e ternura, de contemplação e missão faz de Maria a estrela da evangelização.

https://www.youtube.com/watch?v=Ne0Ewe9PSy4   Maria do Sim, ensina me a viver o meu sim. 

É preciso ter um método (um caminho) para concretizar o sim da minha vida ao Projeto de Deus. Como vou aprofundar, alimentar e celebrar a minha vida com Deus (a minha fé).

  1. Quem é Jesus para mim? Quem sou eu para Jesus?
  2. Vivo segundo os impulsos da carne (instintos) ou segundo o chamado de Deus para mim?
  3. Como eu me possuo, para me entregar por inteiro (a) na relação com Deus?
  4. Como eu me amo? Como eu amo os outros?
  5. Para mim o que significa ser comungado por Jesus? Comungar Jesus?
  6. Ser comungado pela comunidade e comungar a comunidade?
Meditação - partilha - louvor - compromisso missionário.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

ANTROPOLOGIA DA VOCAÇÃO CRISTÃ

  Ver a aflição do povo é o aspecto específico da vocação cristã.

“Eu vi a aflição do meu povo...” (Ex 3,7-10).

Muitas pessoas se engajam na construção de uma nova sociedade tendo como horizonte e parâmetros valores ético-humanos como a justiça, a fraternidade, a paz, as condições básicas para uma humana digna, os direitos humanos, a ecologia, etc. embora essas pessoas com suas lutas e movimentos se determinem explicitamente a partir de valores humanos, elas são, implicitamente iluminadas, inspiradas e fortalecidas pelo Deus que ama e salva.

Outras pessoas com o seu deus cujo nome defere do nosso Deus e em nome de suas outras religiões ou culturas, também se asseguram no bem, na esperança, na resistência ao inimigo e na defesa da vida contribuindo assim, para assegurar e, ou, construir a fraternidade entre as pessoas. Um dos exemplos dessa realidade são as diferentes culturas indígenas, com sua “fé”, que testemunham entre si o serviço solidário e generoso, a partilha fraterna, a igualdade, etc.

De todas essas mediações se serve o Deus do Reino para oferecer suas graças à humanidade. Com suas diferentes práticas e credos, muitos grupos e povos contribuem para a implantação do Reino de Deus entre os homens, participando implicitamente da missão do Espírito, através das mediações de seu contexto histórico–social e de seu engajamento em favor da vida e da nova sociedade.

A prática que traz o reino não se reduz aos cristãos e à Igreja, mas o reino vem através de todos aqueles que lutam pela liberdade e dignidade dos homens; a Igreja não detém o monopólio do Espírito de Deus. Tampouco Ele é privilégio dos cristãos. Deus usa também os partidos políticos organizados em função do bem comum, os movimentos populares, os grupos organizados que reivindicam os direitos aos homens e realizam a justiça na história. Em Is 45, Ciro, rei do Império Persa é considerado como o ungido e enviado de Deus para a libertação dos oprimidos.

Deus se serve de todos os movimentos de justiça, de fraternidade e de humanidade para instaurar o seu reino. Deus já está nas organizações sociais e de libertação antes de comprometermo-nos nelas.

Os cristãos e a Igreja não detêm os processos libertários, mas esses pertencem a Deus e a seus filhos.

Com os objetivos de preservar a vida do povo e transformar as relações sociais em vista de uma sociedade humana e igualitária, muita gente: negros, índios, cristãos e não cristãos, sustentaram uma luta até as últimas conseqüências. Foram perseguidos, torturados e mortos. Tornaram-se mártires e heróis do povo e o seu sangue continua fermentando a nossa história de libertação.  A vida de Farabundo Marti, de José Marti, de Sandino, de Che Guevara, como a de tantos anônimos que morreram em defesa da vida, é mobilizadora de consciências.

A prática de fé, de libertação e o martírio de uma multidão de pessoas na América Latina (jovens, camponeses, estudantes, operários, religiosos, sacerdotes e alguns bispos) que enfrentaram e resistiram aos opressores, nos questiona e nos impele a encarnar na história nossa resposta aos clamores dos pobres. Os testemunhos dos mártires e heróis na América Latina reforçam a nossa vocação.

A herança dos mártires e heróis nos convoca à fidelidade, ao seguimento radical e à entrega total, até que a fraternidade de Deus torne realidade para todos os povos da terra.”

Diante de uma sociedade injusta, diante da opulência de alguns e da miséria dos povos empobrecidos; a partir de nossa fé no Deus-Bíblico-Libertador; a partir do testemunho dos profetas bíblicos, dos nossos mártires, dos heróis do povo e da multidão de anônimos que resistiram até a morte contra a dominação dos opressores, o cristão não pode furtar-se à sua vocação. Pelo seguimento radical do Cristo, que morreu por uma causa revolucionária, o cristão está implicado na luta de libertação do pecado que está institucionalizado nas estruturas sócio-econômico-político-social e cultural.

Os cristãos têm a responsabilidade primeira de denunciar profeticamente as causas das injustiças sociais. A militância profética e revolucionária dos cristãos nos processos de libertação constitui um autêntico testemunho da força do Evangelho e confere as lutas sociais, na qual ele participa, uma dimensão escatológica que ultrapassa nossa compreensão. Por isso os cristãos e os consagrados ao plano salvífico do Pai, são os primeiros responsáveis em comprometer-se nos movimentos de transformação da sociedade, com todo o vigor da fé, para o benefício de toda a humanidade crente e não crente, inserindo implicitamente em todas as práticas populares os valores do reino.

A missão cristã se fundamenta em Deus, na Palavra de Deus e tem os pobres como critério de avaliação.

Quanto mais nos aprofundarmos na interpretação da Palavra segundo a ótica dos pobres e na experiência do Deus vivo e libertador, mais fecundo vai ser o fruto político do nosso compromisso: a Boa Nova para os pobres.

 “Oxalá chegue esse dia, que ele esteja chegando e a gente o faça chegar.”

 

EU QUERO SER FREIRA

Esta é uma afirmação básica, simples, resumida que faz toda menina, moça, mulher que tem uma paixão por Jesus e que quer ter Jesus como o único e absoluto bem em toda a sua vida.

 Quero ser freira! Essa é a expressão de quem busca a Deus, em Jesus como o único e absoluto capaz de realizar o seu anseio de uma vida plenamente feliz.

 Somente em Jesus, seu único e verdadeiro bem, esta alma se encontra e encontra a paz e a felicidade.

 “Somente Ele, meu único bem, merece o meu amor, merece a doação de toda a minha vida e de todo o meu ser”.

 Somente Nele, a minha alma se compraz.

 Não desmereço as coisas e os amores deste mundo, mas, a minha alma se compraz em um bem que não passa, não se desfaz e que se me dá todo por inteiro.

 A pessoa que diz: quero ser “freira”, quero ser “irmã”, na verdade quer viver “Vida Religiosa Consagrada”.

 Esta pessoa anseia por viver uma profunda intimidade com Deus e fidelidade à vontade de Deus na cooperação com o seu Plano Salvífico para com toda humanidade e todo o universo.