A VIVÊNCIA DO NÚCLEO IDENTITÁRIO DA VRC, HOJE
Ir. Annette Havenne
1. Introdução.
Iniciando este segundo momento de reflexão em torno do nosso tema
central, “vivência hoje do núcleo identitário da VRC”, sinto a necessidade de
pedir a graça de um “coração pensante, enamorado e atuante”, pois se trata
agora de trazer a reflexão para a vivência e o hoje...
É neste ponto do percurso que muitas vezes entra a dicotomia e que nós nos
dispersamos, perdemos o rumo, abandonamos o lugar do coração, não conseguimos
dar vida às ideias luminosas!
É obvio que não tenho receitas de
como por em prática a curto ou médio prazo as linhas de força que emergem da
reflexão anterior[1],
mesmo se houve na preparação deste seminário um momento muito precioso de
diálogo entre o padre Palácio e eu. Mas quero assinalar os pontos que me
parecem decisivos para que a conversão ou volta ao núcleo identitário da VRC se
concretize pessoal e comunitariamente no tempo que chamamos hoje.
Esse hoje constitui sem dúvida nosso
ponto de partida: O que nosso olhar abarca ou quer abarcar quando
dizemos: hoje?
Não se trata de um marco meramente
cronológico, histórico ou situacional... embora esses marcos constituam, como o
vimos ontem, o pano de fundo da reflexão. Proponho considerar este hoje
pingando nos nossos olhos -como gosta de dizer Carlos Mesters - o colírio de
fé.
Então o “hoje” se torna kairos,
tempo de Deus, tempo que nos é dado para nos converter, conviver, evangelizar.
Olhemos o hoje como o apresenta Lucas no seu evangelho:
ü Um tempo de graça
por causa da encarnação: “Hoje nasceu para vocês o Salvador, Cristo Senhor”
2,11.
ü Um tempo de graça
por causa da conversão: “Hoje devo jantar na tua casa” 19,5
ü Um tempo de graça
por causa da redenção que vem da cruz: “Hoje estarás comigo no paraíso!” 23,43.
Um hoje que já é uma loucura, pois
somos convidad@s a curti-lo na companhia de vaqueiros marginalizados, um fiscal
corrupto e um criminoso condenado a morte! Convite a descobrir a hora de Deus
nos porões da humanidade!
Para dar continuidade ao diálogo entre
nós, gostaria de partilhar e de cavar duas convicçõespacientemente
tecidas a partir da releitura da minha experiência e da escuta das experiências
de muitos religiosos e religiosas, principalmente no Brasil, ao longo dos
últimos trinta anos, desde a formação inicial até a formação permanente. Será,
portanto uma espiritualidade ou mística que vem de baixo... e se deixa iluminar
e discernir pela Palavra.
Primeira convicção.
A VRC é uma loucura e faz loucuras porque nasce de uma paixão, paixão
por Jesus e pelos valores do reino. Esta paixão é resposta a outra
paixão bem maior, à inexplicável paixão de Deus pela humanidade: MANIKON EROS
como já o diziam os padres da Igreja: um Deus apaixonado.
Se olharmos agora o núcleo identitário da VRC na perspectiva de um
itinerário vocacional, vamos constatar o seguinte: não basta um ideal
religioso, social ou humanitário como motivação para a VRC... Somente o encanto
inicial, mas também o re-encanto consciente por Jesus Cristo e a proposta do
discipulado conseguem mantê-la apostólica, jovial e significativa!
Muitas vezes nós nos deparamos com
uma VRC cansada, envelhecida e insignificante, sem vibração (a não ser do
celular!) e isso não é apenas uma questão de faixa etária e sim de perca de
identidade, de afastamento do núcleo identitário, do caminho do discipulado!
Muitas vezes felizmente nós nos deparamos também com uma religiosa, um
religioso ancião sereno, feliz, transparecendo a simplicidade de quem encontrou
sua identidade e sua razão de ser, fazer, amar. Estas, estes nos contagiam! E
com elas, eles, chegamos à
Segunda convicção que decorre da primeira.
Uma paixão autêntica é comunicativa, contagiante! (É coincidência o
sobrinho de Ayrton Senna seguir a carreira do tio?) Viver hoje o núcleo
identitário da VRC significa pensar com muito carinho como estamos nos ajudando
mutuamente a alimentar esta paixão e como estamos passando, transmitindo esta
paixão que não é nossa, mas passa por nós, para as novas gerações de
consagradas e consagrados.
Parece-me que toda a vivência, o hoje
e o futuro da VRC - pois o futuro nos interessa e nos angustia ao mesmo tempo -
cabem nesta simples pergunta, que vai a partir de agora nortear nossa reflexão:
Como viver a VR apostólica com paixão e contagiar com esta paixão as
novas gerações?
ou seja:
como fazer o hoje da VRC acontecer na
formação não apenas inicial, mas permanente?
2. Viver com paixão.
Penso que percebemos agora de modo mais claro o tripé que sustenta a VR
apostólica: mística, comunidade, missão.[2]
É claro que não podemos nos arrogar a exclusividade destes três
elementos que na realidade são constitutivos do caminho do discipulado no
evangelho. Se quisermos descer mais fundo, estes três elementos nos referem à
base antropológica da proposta: Ser, Ser-com, Ser-para.
O que nos caracteriza, o que faz
nossa identidade de religiosas, religiosos é como nós “misturamos os
ingredientes do bolo”. Como queremos ser comunidades de irmãs e
irmãos em vista da missão e partilhar entre nós a experiência do rosto de Deus
que se revela nesta missão. E aqui entra também na receita a
pintada de originalidade que vem do carisma próprio.
Somente a paixão dá o vigor
necessário para integrar as três dimensões, para deixar que cada uma interaja
com a outra:
Sem mística, a VRC fica anêmica, apenas mantém uma capela e
práticas piedosas, quando as mantém!
Sem comunidade de vida, ela se descaracteriza, perde boa
parte da sua visibilidade, da sua razão de ser.
Sem missão ela se fecha diante do novo... e cada uma,
cada um se vira como pode, lançando mão do individualismo, da profissão e das
competências, com o risco de se perder no ativismo e o perigo tão comum hoje em
dia do burnout!
Gostaria de pontuar estes três
elementos como os percebo hoje na caminhada da VR apostólica no Brasil, com um
aceno para o continente latino-americano.
Se olharmos a caminhada da CRB, a
sintonia, mas também o protagonismo dela em relação à CLAR, suas prioridades ao
longo dos mais de 50 anos de existência, nós vamos perceber que muito foi feito
no sentido de voltar à fonte, de acordar, de reavivar a mística da
vida religiosa. Aqui vale considerar o empenho com a escuta da Palavra, a
leitura orante encarnada no chão da vida... a coleção “Tua palavra é vida”.
Como também lembrar o incansável esforço de formação das novas gerações nesta
dimensão. Um esforço que da muitos frutos!
O carinho com a vida religiosa
inserida, a convivência e solidariedade com os crucificados deste mundo também
foram e continuam sendo uma realidade. Podemos citar aqui o empenho com a dimensão
missionária, as comunidades intercongregacionais da Amazônia, do Timor
leste e de Haiti... a reflexão sobre profetismo, comunidades itinerantes, novos
areópagos da missão.
Parece-me que a dimensão da
valorização da comunidade de vida é no momento o ponto
mais delicado! A maioria das crises que ocorrem no itinerário das pessoas
consagradas, pessoas que tem vocações autênticas, verdadeira experiência de
Deus e gosto pela missão vêm das frustrações e dos conflitos na comunidade de
vida... que neste caso torna-se comunidade geradora de doenças tanto físicas
como psíquicas e espirituais. Uma comunidade que não humaniza!
É bem verdade que a estrutura
monástica não combina com nossa vocação para uma missão “ad-extra”. Depois de
tanto tempo presa naquela estrutura, a VR apostólica ficou engessada, um tanto
atrofiada nos seus movimentos, mesmo depois de retirar o gesso! Mas será que
hoje ela não se apressa demais, como dizem os franceses, a “Jogar o nenê com a
água do banho?”
Há comunidades religiosas que mais se
parecem central de atendimento ao cliente do que lar, oficina e célula do corpo
total, segundo os modelos sociológicos propostos por Cabarrus[3].
Há outras que funcionam como a torre de controle de um aeroporto, onde somente
se pode falar o necessário para não provocar catástrofes e onde só se acompanha
aviões aterrissando e decolando!
Não se trata aqui de horários, de
“vida de comunidade” e sim de questões mais profundas como atitudes de
confiança umas nas outras, uns nos outros, atitudes e práticas de partilha
afetiva, efetiva e espiritual... Que qualidade tem os momentos que passamos
juntas, juntos? Que qualidade tem nossos momentos de oração comunitária, de
partilha, de lazer?
Uma pesquisa muito interessante de um
casal norte-americano[4] descreve
as comunidades de fécomo comunidades originais que não se
enquadram nem nas comunidades primárias como a família, nem nas comunidades
secundárias como empresas, clubes, sindicatos ou partidos políticos. Nestas
últimas as pessoas se reúnem por causa de um objetivo ou interesse comum, mas
não tem relações de proximidade. As comunidades de fé - e a comunidade de VRC é
uma delas- têm relações de proximidade como os grupos primários e um projeto
comum como os grupos secundários. Estamos juntas, juntos para viver nossa fé e
transmiti-la!
Quando nós não conseguimos fazer esta
experiência “em casa”, em nossa comunidade, então a decepção é tão grande que somos
tentad@s a fugir: nas redes sociais, compensando com conexões a falta de
relações humanas gratificantes, ou encolhemos num intimismo estéril ou ainda
mergulhamos de cabeça no sucesso da atividade apostólica, tornando-nos viciados
em trabalho, “workaholic”, etern@s estressados!
E uma das consequências mais grave desta situação é que o nosso
celibato consagrado perde seu significado com todos os riscos de desvios
afetivos que isso supõe.
A missão por sua vez padece da
situação, ficamos na congregação, mas saímos da “firma” para nos tornarmos
“autônomos”, impelidos pelas leis do marketing, da competição, a busca da
imagem, do sucesso. Ter sucesso é uma triste compensação ao fato de não dar
frutos! Que paixão temos então a transmitir?
3. Transmitir uma
paixão...
Falamos até agora de viver o núcleo identitário da VRC, especialmente
apostólica. Vamos refletir agora na sua transmissão!
Permitam-me começar com uma anedota. Ela data do meu tempo estudantil,
isto é quarenta anos atrás, porém não perdeu da sua pertinência! Jacques Loew,
fundador da “Missão operária são Pedro e S Paulo”, estava dando uma palestra
sobre a VRC pós-conciliar e alguém na assembleia dirigiu-lhe esta pergunta:
“Como despertar, nos jovens de hoje (!) a sede de Deus e das coisas de Deus?”
Com um sorriso malicioso, ele respondeu: “Como convencer um jegue teimoso, que
não sente sede, a beber? Não adianta adular, explicar, forçar, bater... O jeito
é colocar ao lado dele outro jegue, convencido do que beber é gostoso,
deliciando-se com um enorme balde de água gelada e sorvendo-a sem moderação!”
(versão tropical, brasileira e nordestina!)
Finalmente é também o problema do
marketing... Como convencer você a trocar a o guaraná tradicional por um kuat
zero cal... Senão mostrando Ivette Sangalo usando e abusando da bebida e
esbanjando energia durante os cinco dias de carnaval! Só que a psicologia nos
alerta, o estímulo vem de fora, a motivação vem de dentro...
Traduzindo numa linguagem mais
teológica: como transmitir vivência, valores se não através de umprocesso
mistagógico como o catecumenato primitivo? Nossa formação deve
recuperar sua dimensão mistagógica! Deve ser convite a entrar numa paixão, a
entrar no mistério: “Venham ver” A entrar na lógica da loucura que é viver
junt@s por causa de Jesus e para a missão. Será que as comunidades formativas
são apenas curativas para as carências que as e os candidatos trazem até o dia
em que não se sentirem mais identificad@s e questionarem sua vocação, ou
realmente temos a coragem de fazer-lhes um convite a entrar na alegria do
evangelho e a fazer as rupturas necessárias para viver como mulheres, homens
“seduzid@s pelo Deus dos pobres”?[5]
Alguns questionamentos em torno do “transmitir”
As perguntas não giram apenas em torno do como transmitir, ou de que
valores transmitir, ou a quem transmitir, mas vão mais fundo, questionando o
próprio ato de transmitir.
Hoje sentimos um mal estar no ato de transmitir... Isso repercuta na
educação, na formação, no ensino da Igreja... Fala-se de interrupção do
processo de transmissão de valores! Porém sem transmissão de valores, não há
humanização, nem cultura, nem enriquecimento mútuo, nem comunidade de fé!
É possível transmitir sem dominar, sem impor, sem
ferir a liberdade do outro? Há um jeito de transmitir que não faz a cabeça do
outro, que é percurso e não curso, que propõe um itinerário apaixonante de
formação ao discipulado?
Vejam como a psicologia social pode
nos ajudar. Lanço mão aqui de uma palestra proferida pelo professor Geraldo
Paiva, no congresso de psicologia da CRB em outubro 2011[6]. Trata-se
do conceito de aculturação e de transmissão de valores por ocasião da migração
de grupos humanos, inspirado nos estudos de John
Berry. (gráfico em anexo)
Os dois grupos em contato:
Grupo receptor, grupo migrante.
Os dois eixos da aculturação:
1. Abertura e interação, busca de relacionamentos.
2. Apreço, manutenção dos valores do grupo.
As quatro modalidades de aculturação:
ü Integração: Existe
abertura recíproca e valores compartilhados. É a melhor e a mais exigente das
modalidades! O novo grupo é revitalizado e avança para o futuro.
ü Assimilação: O grupo
receptor impõe valores, o grupo migrante as assimila e perde sua originalidade.
O grupo como um todo estagna.
ü Separação: Os valores
não são vistos como tão importantes, mas os grupos são abertos. Co-habitam, na
melhor das hipóteses no respeito mútuo, mas sem compartilhar... Há perca de
identidade e de rumo.
ü Marginalização: O processo é
de exclusão e enfraquecimento dos valores em ambos os grupos.
As atitudes que sustentam a integração de valores entre dois grupos (++)
ü Amar sua própria
origem, sua própria raiz, sua identidade.
ü Gostar de receber,
de ter recebido no passado, de continuar a receber.
ü Passar o que a
gente recebeu pelo crivo do discernimento, sem medo de rupturas necessárias.
ü Abrir-se para
mudanças, com critérios!
ü Viver e testemunhar
os valores que queremos transmitir.
ü Ter muita paciência
consigo mesm@, com @s outr@s!
ü Saber unir o novo e
o velho.
ü Saber perder!
ü Acreditar que
transmitir é muito mais do que comunicar, é um ato de amor, de criação!
ü Pastoral de
gestação...
Paulo, um transmissor genial.
Poderíamos tomar como exemplo de paixão e transmissão da paixão fundante
por Jesus a pessoa do apóstolo Paulo, confrontado com três culturas: a
judaica, a grega e a romana!
Paulo, numa sábia loucura, aprendendo por ensaios e erros, soube abrir
um caminho novo neste mundo complexo, e ficou tão empolgado pela novidade do
“acontecimento Jesus” e pelos valores do reino, que deu impulso a identidade
cristã! Soube libertar-se do jugo das tradições judaicas, confrontar a
inteligência e a sabedoria acadêmica do mundo grego,
questionar as leis e a jurisdição romana. Quando sonhamos numa vida religiosa
mais próxima do evangelho, podemos nos inspirar na leveza institucional da
comunidade de Antioquia, aberta, carismática, missionária, em contraste com a
rigidez de Jerusalém, a altivez de Atenas e o rigorismo jurídico de Roma!
“Recebi do Senhor o que eu mesmo vos transmiti...”
1Cor 11,23
“Pela fé em Jesus Cristo sois todos filhos de Deus:
não há mais Judeu ou Grego,
escravo ou livre,
homem ou mulher”
Gl 3,26-28
Este exemplo de Paulo nos estimula a ir além de considerações
sociológicos ou psicológicas quando pensamos no processo de transmissão dos
valores da VRC. Trata-se de entrar junt@s num discipulado de iguais, num
processo de formação permanente.
Então a comunidade não será meramente terapêutica, nem a missão mera
realização pessoal, mas iremos aprender junt@s, nas nossas congregações e na
CRB, a cuidar com muito carinho da gestação de novas formas de viver a VRC com
leveza, com simplicidade, com alegria! 6 Isso já desponta,
nem que seja nos desejos profundos dos mais jovens ou mais joviais entre nós,
vocês não o estão vendo?
Por isso me arrisco a concluir com uma antiga parábola relida pelo
avesso... para confundir alegremente sábios e insensatos, prudentes e cabeças
de vento!
4. Re-contando uma
parábola antiga pelo avesso.
Era uma vez... um convento, bem diziam que era um convento, na realidade
era um casa de inserção na periferia, ou pelo menos tinha sido, nos
anos 80. Agora não se sabia bem o que era, quem vivia lá e por que e
para que... No suposto convento, co-habitavam, entre mil e um choques de
horários, cinco freiras. Quatro eram já meio coroas (estatística da VRC exige!)
a última bem jovem e por sinal bonita demais para ser freira! As quatro
primeiras eram sensatas, sábias, prudentes, precavidas... a jovem era um pouco
cabeça de vento.
Um dia chegou a notícia que ia ter, na praça de eventos da cidade, um
show de um padre da mídia: “Meia noite com Jesus!” As cinco decidiram
participar, fizeram seus preparativos e saíram bem cedo para pegar os primeiros
lugares. Mas o padre cantor reclamou do hotel, reclamou das acomodações,
reclamou do serviço de som, da segurança... e o show atrasou! Atrasou tanto que
as cinco cochilaram, também trabalhavam demais, as coitadas!
A meia noite faltou energia e um boato começou a correr: Jesus
esta chegando, o cantor não, Ele mesmo em pessoa! As quatro sábias entraram em
pânico, não se sabe muito bem por que, ligaram para um taxi e foram embora,
esquecendo-se da mais nova!
A jovem tirou do seu bolso um toco de vela, que tinha guardado da
vigília da Páscoa, e na magia daquela noite um menino de rua aproximou-se dela
com uma caixa de fósforos. Suas mãos se uniram, protegendo a chama vacilante, a
jovem e o menino olharam um para o outro e perceberam na cumplicidade dos seus
corações irmanados que Jesus estava sim, presente naquela praça e que a
esperança ainda não tinha deserdado a humanidade.
E a jovem que não era tão cabeça de vento quanto vocês pensam,
pela primeira vez sentiu nascer nela a maturidade da mulher consagrada no meio
do seu povo. E ficou grata pela sua vocação! E nem ficou com raiva de ter sido
esquecida... mas achou graça de ver mulheres tão sabiás perder a
cabeça por tão pouco!
Que fim você daria a esta parábola?
Qual das cinco em sua opinião mostrou a sábia loucura das
discípulas de Jesus?
EVANGELHO, PROFECIA E ESPERANÇA
O Papa Francisco apontou suas
expectativas às pessoas consagradas:
- Que onde estiverem os religiosos haja sempre a alegria;
- Que esses “despertem o mundo”, porque a nota característica da vida consagrada é a profecia;
- Que os religiosos e as religiosas, como todas as outras pessoas consagradas, sejam “peritos em comunhão”;
- Que saiam de si mesmos para irem às periferias existenciais;
- E que cada forma de vida consagrada se interrogue sobre o que pede Deus e a humanidade de hoje.
O Papa Francisco nos lança este
desafio de viver um novo tempo na alegria de nossa escolha. Ele convida os
consagrados, consagradas, a serem “audazes e perigosos como os profetas”:
- Audazes na luta pelo ideal;
- Profetas que se colocam a caminho na defesa dos marginalizados, sem medo do risco, na alegria do Evangelho.
"A Carta Circular “Alegrai-vos”,
baseada nas Escrituras Sagradas e nas palavras do Papa Francisco quer nos
mostrar que a nossa vida deve ser a expressão de uma grande alegria por ter
sido escolhida, escolhido e enviada, enviado.
Onde estão os consagrados, há sempre
alegria”. “Os religiosos devem ser homens e mulheres capazes de despertar o
mundo”. “Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas, sobretudo têm
necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o
coração, desperta a esperança, atrai o bem”.
O povo tem necessidade que
testemunhemos a misericórdia. A fraternidade é a melhor narrativa do Evangelho.

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